Monday, December 22, 2014

Tempo de Natal






crédits: Mark and Spencer

Natal de novo ! Nestas últimas noites, o pensamento vagueou, incerto na conjugação dos afectos. Uns se renovam outros se apagam. 

Foi um tempo de mudança ao longo dos meses. Pedaços de vida, sentido sufocado, algumas tristezas, mas  recomeço. Vulnerável. A golpes de coração.

Ciclos de vida, se diz. Não sei. Apenas colho, como quem poupa as lembranças. O passado se desvanecendo. O presente lentamente desenha algo. Impreciso.

É então Natal. Como dizer, tempo de luzes. Lá fora a música soa levando-nos para outros espaços. Melodias intemporais que trazem os sons da infância. Alegria. Sonho. Sons de ternura.

Natal! Adoro a luz das velas, os aromas da canela, a cor das romãs, o sabor das nozes. Tempo de paladares fortes.Castanhos da cor de avelã. E amarelos da cor de açafrão. A intensidade do gengibre. E tisanas ao final da noite, aromatizadas com mel.


Na casa, os espaços ficam mais acolhedores. O simples pinheiro de Natal ornamentado de luzes pequeninas e enfeites alusivos traz um pulsar mais perfeito?


Enfim, é Natal. Lá fora o sol dá um brilho diferente este ano. Que bom ! O azul na paisagem , torna as noites menos frias. Mais suaves. 

Já não lembrava um Natal assim! Na verdade, os desafectos ficam mais leves enquanto olho o azul do firmamento que se adentra pelas janelas.

Falar do maravilhoso é mais fácil. Que digo eu? Uma espécie de loucura? Não. 

Afundada no sofá da sala, vou desenhando com o pensamento a melhor maneira de recuperar o maravilhoso das noites de Natal. Em família.

De repente a mudança? Para melhor. Quem sabe?

Este ano, é urgente o encantamento. E o Natal aproxima-se com toda a tradição literária do maravilhoso nos contos de Natal.

Tempo de deixar minha mensagem. Paz. Saúde. Afectos. Para todos os que me visitam

O meu carinho muito especial vai para os amigos fiéis. Que vão rareando.

Tudo tem um recomeço. Ponham convicção, brilho no olhar. E deixem acontecer Natal. 

Felizes Festas !

Miosótis (pseudónimo)

22.12.2014
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Tuesday, December 16, 2014

Do espiritual na Arte : Kandinsky





Composition XIII, 1923
New York, The Solomon R. Guggenheim Museum

"Cada quadro encerra misteriosamente toda uma vida, com muitos sofrimentos, dúvidas, horas de entusiasmo e de iluminação. Para onde se dirige esta vida? Donde clama a alma angustiada do artista quando participa da criação? Que quer anunciar?"

Kandinsky, Do Espiritual na Arte, 
Publicações Dom Quixote, 1ª edição, Lisboa, 1987


Wassily Kandinsky, pintor russo é homenageado pelo Google com um Doodle no dia do 148º aniversário do artista.





Composition IX, 1936
Paris, Musee National Art Moderne, Centre Georges Pompidou

Kandinsky é um dos meus pintores favoritos e já me referi a este enorme precursor  da pintura abstracta, que usou as cores como uma expressão de emoção, ligando muitas vezes o processo da pintura à composição da música.

Pintura e música, duas expressões de maior liberdade que elevam a nossa sensibilidade ao grau mais absoluto do infinito.





Dominant Curve, 1936
New York, The Solomon R. Guggenheim Museum

E cores. Sim, as cores transportam emoções. A pintura abre-nos as portas a fugas intensas do quotidiano.

Olhos presos na pintura, a alma desprende-se e vai, solta, livre, em busca das emoções que tantas vezes atrofiamos no dia-a-dia.

É como que uma aventura que ultrapassa qualquer preconceito e nos arrasta para campos intensos, fragmentos de sentimentos, mitigando a dor do trivial.

É um universo muito próprio que criamos entre a obra e o nosso íntimo, sereno, como um peregrinação espiritual do sagrado que há em nós.

Só posso sentir-me grata aos criativos de Google, que por momentos me transportaram numa curta viagem, em noite de chuva, ventanias fortes.


"Color is the keyboard, the eyes are the harmonies, the soul is the piano with many strings. The artist is the hand that plays, touching one key or another, to cause vibrations in the soul."

Wassily Kandinsky


Miosótis (pseudónimo)
fragmentos da noite com flores

16.12.2014
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Wednesday, December 10, 2014

As Mulheres no Dia dos Direitos Humanos





Este ano, em Portugal, foram assassinadas em média quatro mulheres por mês, no contexto de relações de intimidade, segundo dados divulgados hoje, Dia Internacional dos Direitos Humanos.


Uma mulher é assassinada por semanavítima de violência doméstica. Desde o início do ano e até ao final de Novembro, já foram assassinadas 40 mulheres no contexto de relações de intimidade e outras 46 foram alvo de tentativa do mesmo crime. Em Portugal.



Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres é assinalado todos os anos a 25 Novembro. Desde 2007 que este espaço, também um espaço de causas humanitárias, tem divulgado dados e acções que levem à reflexão.

Não foi possível divulgar o Dia para a Eliminação da Violência contra as Mulheres em Novembro.

Hoje, no Dia Internacional dos Direitos Humanos esta reflexão enquadras-se perfeitamente.

O relatório sobre violência contra mulheres e crianças foi divulgado hoje, dia 09 Dezembro 2014, pelo OMA (Observatório de Mulheres Assassinadas), no âmbito do Dia Internacional dos Direitos Humanos, que se assinala anualmente a 10 de Dezembro.

credits : European Commission


Também a violência contra as mulheres tem estado nas preocupações da União Europeia, já outros países da Europa padecem deste flagelo.


"Neste inquérito, as mulheres foram questionadas sobre as suas experiências de violência física, sexual ou psicológica, incluindo actos violentos perpetrados por um parceiro íntimo - violência doméstica -, bem como sobre a perseguição, o assédio sexual e o papel desempenhado pelas novas tecnologias nos abusos sofridos."
Maria Teresa Horta | As Meninas

Maria Teresa Horta acaba de lançar um livro de contos, As Meninas. Maria Teresa Horta traça, ao longo de trinta e dois contos, uma vasta e prodigiosa galeria de "Meninas". Quase todas negligenciadas, quando não abandonadas e maltratadas, que se entregam à imaginação, à magia ou à leitura salvadoras. 

"Meninas que são ela, mas que também são outras, inventadas ou recriadas, mas sempre reflexo do que se tem feito ao longo dos séculos a quem nasce mulher."

O meu tributo aqui fica. Zero Tolerância na Violência contra mulheres e jovens adolescentes!

Miosótis (pseudónimo)

fragmentos da noite com flores

10.12.2014
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Friday, November 14, 2014

Quanto Outono ausente !





Foto: José Oliveira 


Não vou mentir. Este Outono ausente faz-me desbravar o vento sem aquela doce melancolia dos dias de introversão lenta, a preparação necessária para entrar no Inverno do meu recolhimento.

November comes
And November goes,
With the last red berries
And the first white snows.

With night coming early,
And dawn coming late,
And ice in the bucket
And frost by the gate.

The fires burn
And the kettles sing,
And earth sinks to rest
Until next spring.” 

Clyde Watson


E o ritual não se cumpriu. Fecho-me em sliêncios. A cortina,agora em tom mais sombrio, encerra meus ténues e tristes pensamentos. Até a Primavera voltar?

Já pouco olho para a natureza. Está fria, escura, cheia de chuva. Ventos bravios como se fugidos do mar encrespado, furioso, encerram as janelas.

Ando por aqui como que sonâmbula de uma noite que cheira a desconforto. Sacudo os arrepios de frio, puxo a malha quente em torno do meu corpo para me afagar, como num abraço de afecto que não chega. 





oto : José Oliveira


Devagar, encerro os olhos e reencontro-me lá muito mais longe, na Primavera futura. Será?

Sei que a vida não prepara para este abrupto tempo. Mas convida-nos a reagir. Sempre. As pálpebras cerram, buscam descanso. 

O firmamento lá fora, esse está cor de bréu. Não há estrelas. Nem voz para uma prece. Silêncios.


Miósotis (pseudónimo)

fragmentos da noite com flores

14.11.2014
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Thursday, October 30, 2014

Outubro Rosa : uma causa a defender !





Campagne contre le cancer du sein
vi Marie Claire Magazine


Outubro é o mês associado, desde a década de 90, à luta contra o cancro da mama, sendo por isso denominado Outubro Rosa


Vem de Outubro 2008 o meu empenhamento na causa Outubro Rosa. Uma causa que me move na vida real desde sempre e que se reflecte neste blog.


A campanha oferece sessões de despitagem gratuitas, bem como informação e apoio para todos os afectados pelo cancro da mama. Todos os anos, a despistagem precoce permite salvar milhares de vidas.
 

Espera-se que em 2025 mais de 60% do cancro da mama (mulheres e homens) sejam diagnosticados precocemente, mesmo antes de apresentarem sintomas.






Pina Bausch TanzTheater

O mês da luta contra o cancro da mama é uma campanha internacional anual, organizada pelas maiores associações de luta contra o cancro da mama e que visa aumentar a informação e consciêncialização do despite precoce, tentando ao mesmo tempo, angariar fundos para pesquisa, prevenção, e cura. 


Uma em oito mulheres pode correr o risco de desenvolver um cancro da mama. Todos os anos, o despite precoce é feito em muitos países.





Octobre Rose 


Em todo o mundo, decorrem ao longo do mês acções para apoiar esta nobre causa! Pessoas, marcas, cidades, juntam-se fazendo Rosa este Outubro


Flashmobs, corridas, lançamento de balões, lenços rosa, e muitos outros acontecimentos.
.

Em Portugal, o Dia Nacional da Prevenção do Cancro da Mama, é dia 30 de Outubro. Foi criado na sequência de uma Petição subscrita e entregue na Assembleia da República.

A Liga Portuguesa alerta para estilos de vida saudável, prevenção precoce, bem como realização, prioritária, de rastreios






Ser-me-ia impossível deixar passar Outubro sem dedicar uma postagem, como sempre fiz, a uma causa que sempre me moverá. 


Outubro Rosa é para mim como uma prece em jeito de homenagem a todas as mulheres, em especial a uma que me é muito querida.

Um anjo vem todas as noites:
senta-se ao pé de mim, e passa
sobre meu coração a asa mansa,
como se fosse meu melhor amigo.
Esse fantasma que chega e me abraça
(asas cobrindo a ferida do flanco) (...)

Lya Luft, poetisa brasileira

Miosótis (pseudónimo)

30.10.2014
actualizado 12.10.2023
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Thursday, October 16, 2014

Fadas no caminho




Woodland fairy | Viona Art

"L'été qui s'enfuit est un ami qui part ."

Victor Hugo

Pouco a pouco as temperaturas baixam, os casacos voltam a sair dos armários, e as folhas volteiam com abundância pelo ar. O Outono instalou-se. Mais agressivo do que gostariamos.

Que é feito dos outonos doces, tempo de serenidade? Alguma melancolia acompanhava o recolhimento da natureza. Mas era própria do tempo.

Manhãs frescas, e tardes cálidas que aqueciam um pouco o nosso desconforto de uma época do ano em que a luz vai fenecendo, deixando-nos mais sombrios.

Mas este inverno fustigante que se abateu, apaga qualquer tentativa de sorriso, um pensamento mais animador.

Temos apenas um desejo: voltar a casa, afundar no sofá, tomando uma chávena de chá fumegante, aromatizado com uma folha de menta, enquanto ouvimos música, e abrimos um livro.

A noite avizinha-se igual ao dia. Inverno profundo.

Mais tarde, fui à minha pequena biblioteca em busca de uma leitura mais leve, antes de adormecer. Nesse percorrer do olhar, um livrinho apareceu. Sim aqueles mini livros que nos oferecem nas festas, aniversários, pequenas gestos de amizade.

Decidi abrir. Notei que havia um curto pensamento para cada dia, acompanhado do esboço de uma pequena fada. 

Fadas, só me lembrava dos livros de infância, mais tarde, nas tradições da literatura céltica, em tempos de estudos académicos.

E folheei até encontrar o dia 16 de Outubro. Deparei com a Fada da Meditação.

Procure libertar a sua
mente de preocupações
visualize algo que lhe 
agrade e deixe-se ir
simplesmente.
Relaxe!

Divertida, já meio ensonada, disse de mim para mim. Ora ! Nem sabia que existiam fadas da meditação, dos mistérios, da transição, da escolha. Uma infinidade ! Finalmente, um sorriso.

A fada da meditação serenou um pouco minha alma. Talvez que possa abrigar mais alguém que por aqui passe. 

Às vezes as leituras mais despretensiosas encerram algum conhecimento.

Espero que amanhã, o sol brilhe sobrepondo-se às nuvens, luz diáfana, e se levante uma brisa trazida pelo mar, bafejados pela fada do universo.

Miosótis (pseudónimo)

16.10.2014
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Friday, September 12, 2014

Noites do tempo que passa






créditos: Victor Pachenko


Há pouco mais de uma semana, celebrou-se o Dia Mundial do Blog. O blogue, essa espécie de "diário dos tempos modernos".

Para mim que escrevo espaçadamente, não lhe poderei chamar diário. Mas sim, existe alguma semelhança no acto voluntário de escrever.

Digamos que abro uma página de web de quando em vez, e escrevo do que sinto ou me passa pela alma.

Raramente faço alusão aos aniversários. Foi em Julho 2005.

Quando olho para trás, vejo-me a deixar impressões "digitais", estados de alma, mais ou menos íntimos, segundo me sentia emocionalmente, mas sempre atenta ao resguardar do gesto e da privacidade.

No entanto, é certo que as palavras que usamos, os trechos de autores, as imagens divulgadas, os eventos compartilhados, as músicas ouvidas, deixam transparecer a estética que conduz a vida. 

Fragmentos digitais, feitos flashs. Sentimentos, emoções, afectos, vão soltando-se, deixando emanar a luz interior, como fragrância oculta. 

Quinze anos, quase? Não pensei querer perdurar por aqui. E cada vez que me vem à ideia encerrar o 'diário', logo o coração afoito, indeciso, por vezes, quase pesaroso. Continua. 

Avanço. Há noites que se está mais receptivo à possibilidade de magia.

Comecei com um excerto de Pedro Paixão. Timidamente.

O pseudónimo? Dedicado a minha mãe, que adorava a flor de miosótis. E porque a perdi muito cedo, gosto de a sentir por perto, ao escrever 'Miosótis'. Como quem murmura uma prece antes de adormercer.

Vem depois 'fragmentos de flores', e a 'noite' que sempre me acolhe no turbilhão da esperança. Fragmentos da noite com flores (de miosótis). Ficou.


Quem não quer - quem não precisa - de uma Lua perante a qual se maravilhar, uma cidade de vida e oiro, no outro extremo do oceano? 

Michael Cunningham, A Rainha da Neve,
Gradiva Editora, 1ª edição, Julho 2014


Miosótis (pseudónimo)

12.09.2014
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Thursday, August 21, 2014

Que mal fiz eu a Deus : uma comédia francesa a não perder !




Que mal fiz eu a Deus?
Philippe Chauveron, 2014


Que mal fiz eu a Deus, tradução de Qu'est-ce qu j'ai fait au bon Dieu é uma comédia de costumes bem ao estilo francês, sobre preconceitos e expectativas sociais. Fresca, sofisticada.

Fala dos fantasmas de uma geração que se julga preparada para enfrentar a nova realidade multiracial.

Os tempos mudam, os ideais também, mas isso não significa que se aceite a mudança tão facilmente, assim, sobretudo, se se for francês. 

Uma tradicional família francesa, católica, classe média alta, com quatro filhas. Isabelle, Odile, Ségolène fazem casamentos entre-culturas com Rachid (advogado, origem argelina), David (empresário, família judaica) Chao (gestor de origem chinesa), respectivamente. 




Qu'est-ce qu'on a fait au bon Dieu
Isabelle, Odile, Ségolénne e seus maridos 
Philippe Chauveron, 2014

Claude Verneuil, um notário 'gaulliste' e Marie, sua mulher, depositam agora suas esperanças de um casamento típico francês, em sua filha Laure, que continua solteira. 

Tudo o que queriam era que suas filhas tivessem casado com um francês, católico. E como estariam felizes, se as filhas já casadas o tivessem feito.

Os Verneil ficam então encantados quando Laure anuncia que vai casar com Charles, um católico. Finalmente! 





Qu'est-ce qu'on a fait au bon Dieu
Laure, Charles, pais
Philippe Chauveron, 2014

Mas eis que Laure aparece no restaurante com Charles, africano. E aí tudo se vai complicar. Não só para o lado da família da noiva. Do lado de Charles, o pai também complicará este casamento.

Marie Verneil cai em depressão, Claude Verneil faz tudo para sabotar o casamento de Laure com Charles, encontrando um aliado inesperado. O pai de Charles.






Qu'est-ce qu'on a fait au bon Dieu
Laure na igreja com pai e sogro
Philippe Chauveron, 2014

O humor desta comédia francesa, realizada por realizador francês, Philippe de Chauveron, gira à volta dos fantasmas da xenofobia dos franceses em relação à nova geração multicultural, rindo dos estereótipos da sociedade francesa. E nisso, os realizadores franceses são deveras excepcionais.

Mas não riem só de si. Fazem neste filme divertidíssimo, a observação das diferenças culturais. E ao vê-las em conflito, compreendemos facilmente que não são só os franceses que sentem uma certa antipatia pelo desconhecido. As famílias dos 'genros' também a exprimem.




Qu'est-ce qu'on a fait au bon Dieu
Chao, David, Rachid

Os actores são todos excelentes. O casal Verneil, uma delícia! Mas os quatro 'genros' também se esmeram. A credibilidade e o empenhamento que põem na criação das personagens é sem dúvida notável.

Bom, no final, tudo acaba em bem. Depois de uma série de cenas hilariantes, estas realidades culturais, com suas tradições, maneiras diferentes de pensar, fazem um esforço par se entender. E percebem que, na verdade, a única coisa que os estava a separar eram eles próprios.





Qu'est-ce qu'on a fait au Bon Dieu?
Philippe Chauveron, 2014

Filme muito divertido, inteligente, criativo, que nunca cai no ridículo, faz-nos rir de uma ponta a outra, pelas cenas magníficas e os gags imparáveis. Não temos tempo de nos refazermos, ao ritmo alucinante com que se e seguem. 

Sai-se da sala de sorriso bem rasgado!

Sofisticado humor francês que tira partido da própria língua, exigindo assim um certo conhecimento da língua francesa 'falada', para não perder pitada das verdadeiras intenções dos diálogos, bem como dos divertidos trocadilhos semânticos.






A não perder este filme de Philippe de Chauveron. Para uma noite bem passada, de final de verão.


Um dos melhores filmes, no género, em exibição! Europeu! 





Qu'est-ce qu'on a Encore fait au Bon Dieu?
Philippe Chauveron, 2019


Está agora em exibição um segundo filme desta comédia. Que Ma Fiz Eu a Deus, Agora?, título original Qu'est-ce qu'on a Encore fait au bon Dieu? 


Fui ver. Tal como pressentira, nada melhor do que Que mal fiz eu a Deus. Estas coisas não têm hipótese de resultar. Um grande sucesso deve ficar por aí. 


Se não viram o primeiro, tudo bem! Se viram, vão ficar decepcionados. Suponho. Como eu fiquei.

Bem melhor, Ibiza (2019) com o mesmo actor, Christian Clavier e Mathilde Seigner. Acreditem!



Miosótis (pseudónimo)

fragmentos da com com flores

21.08.2014

actualização 25.12.2019
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